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Thiago Beckembach - Emanuel Pinheiro (PR) afirmou que perder um ente jovem e querido jovem é algo irreparável

Comoção marca família; amigos traçam perfil de empresário
Corpo de Thiago Beckembach foi velado na Capela Jardins, em Cuiabá

 Mais de 300 pessoas lotaram a Capela Jardins, em Cuiabá, durante o velório do empresário e advogado Thiago Rockembach, 32, na manhã desta quinta-feira (23). Familiares e amigos, além de políticos e empresários, prestaram a última homenagem.

O empresário estava desaparecido desde a noite de sábado (18), quando saiu de lancha com duas amigas, no Lago de Manso (100 km ao Norte de Cuiabá).

Uma delas caiu na água e, na tentativa de salvá-la Thiago pulou no lago e acabou sendo arrastado pela correnteza.

Wanderlei Rockembach, pai de Thiago, estava inconsolável. “Vim do Paraná esperando achar meu filho vivo e, agora, ele está aqui. Não aguento falar nada, tá doendo muito”, afirmou

A mãe de Thiago, identificada como Rita, foi amparada pela filha e sobrinhos, que lotaram a Sala das Orquídeas, onde o empresário estava sendo velado.

Tio de Thiago, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) afirmou que perder um ente jovem e querido jovem é "algo irreparável".

Hernane Khun, outro tio de Thiago, que o acompanhava nas idas ao Lago do Manso, disse que voltar ao local sem o sobrinho será "a coisa mais triste do mundo".

“Eu nem sei se quero voltar lá. Aquelas águas, agora, têm um pedacinho dele. Eram a segunda casa dele, ele conhecia tudo ali e acabou morrendo. Vai ser difícil voltar ”, disse Khun.

Segundo ele, Thiago era o que mais o acompanhava nas aventuras de fim de semana.

“Thiago era um rapaz bom, humilde e tinha muitos amigos. O velório está lotado, a situação é triste, mas é bom ver amigos que ele tinha. Vários estão aqui ainda tentando entender o porquê. Perdi meu parceiro dos fins de semana”, concluiu.

Amigos

Os amigos de Thiago, que estavam no Lago do Manso ajudando nas buscas, contaram um pouco da vida do rapaz, que, segundo eles, teve tudo o que queria na vida.

“Ele era um rapaz que fez de tudo e teve de tudo. Estudado, formado e bem de vida. Muito amigo e generoso com todos. Acima de tudo, ele era um verdadeiro irmão para nós. O perdemos num lugar que ele tinha como segunda casa. É muito triste”, disse o empresário Bachir Motran.

O corretor de imóveis Rodrigo Bouret, amigo de Thiago há muito tempo e um dos que estavam no Manso ajudando nas buscas, lembrou que ele "um homem tão especial para os amigos que ele morreu tentando salvar outras pessoas".

“Ele se afogou para salvar duas meninas amigas dele. Ele pulou sem colete no lago e acabou sendo arrastado pela correnteza. Ele morreria por qualquer um de nós”, afirmou.

Léo Stumpp, que estava num dos barcos de resgate no Manso, lembrou que um dos funcionários da Marina Malluí já tinha orientado que, quando chove, as águas perto do Morro do Chapéu viram um “liquidificador”.

“Já tinham avisado a gente que lá era perigoso. Ele insistiu em sair quando o tempo arrumava para chover, e redemoinho lá parece mesmo um liquidificador. Ele foi arrastado e acabou morrendo, infelizmente. Todos tinham grande esperança de que ele estivesse vivo”, contou Stumpp.

O caso

Thiago seguiu para o Lago do Manso no fim de semana, acompanhado de duas amigas, identificadas como Isadora e Tatiana, de 19 e 20 anos, respectivamente.

Aos amigos, parentes e aos órgãos de Segurança Pública, Isadora e Tatiana contaram que estavam com o advogado no sábado e resolveram passear com uma lancha e uma moto aquática.

Elas relataram ao delegado Silas Caldeira que saíram com o advogado em uma lancha e que uma delas caiu na água.

Na sequência, a outra amiga pulou para ajudá-la, mas não conseguiu voltar para a embarcação por causa dos ventos fortes e das ondulações no lago.

“O Thiago teria tentado ligar a lancha, mas ela falhou. Com isso, ele também pulou e as ondas o levaram para outro lado. As amigas relataram que conseguiram nadar até a praia do Morro do Chapéu, e foram resgatadas, no domingo, por um casal que passava pela região”, disse Caldeira.


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